Perda de peso dobrada ao renunciar a alimentos processados

Perda de peso dobrada ao renunciar a alimentos processados

Para perder peso, não importam apenas as calorias ou o equilíbrio dos nutrientes, mas também o tipo de alimento consumido. Em particular, optar por alimentos minimamente processados pode resultar em uma perda de peso até duas vezes maior em comparação com o consumo de alimentos ultraprocessados. Essa é a conclusão de um estudo coordenado pelo University College London, publicado na revista Nature Medicine. Exemplos de alimentos ultraprocessados:
Doces e salgados:
Biscoitos recheados, sorvetes, doces, salgadinhos de pacote, guloseimas e barras de cereal.
Bebidas:
Refrigerantes, sucos em pó e bebidas energéticas.
Produtos práticos:
Sopas e temperos instantâneos, macarrão instantâneo, refeições congeladas prontas para aquecer, como pizzas e hambúrgueres.
Outros produtos:
Bolos e misturas para bolo, molhos prontos e produtos embutidos derivados de carne.
Como identificar os alimentos ultraprocessados:
Lista longa de ingredientes:
Procure por um grande número de ingredientes (cinco ou mais) na lista de rótulos, incluindo nomes não familiares ou aditivos.
Ingredientes artificiais:
Verifique a presença de corantes, aromatizantes, adoçantes artificiais e gorduras hidrogenadas.
Dificuldade de reprodução em casa:
A dificuldade em reproduzir o alimento em casa com técnicas culinárias é um bom indicativo de que é um alimento ultraprocessado.
Por que evitar os ultraprocessados:
Desbalanceados nutricionalmente:
São geralmente ricos em calorias, açúcar, gordura e sal, e pobres em nutrientes essenciais e fibras.
Risco à saúde:
O consumo excessivo está associado a problemas como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão, depressão e aumento do risco de câncer.

No estudo, 55 pessoas foram divididas em dois grupos e seguiram, durante 8 semanas, duas dietas diferentes. Ambas as dietas estavam em conformidade com as diretrizes britânicas para uma alimentação saudável em termos de equilíbrio entre nutrientes: gorduras, proteínas, carboidratos, sal e fibras. No entanto, uma dieta era composta principalmente por alimentos pouco processados, enquanto a outra era rica em alimentos ultraprocessados. Os participantes receberam os alimentos em casa, sem restrições quanto à quantidade a ser consumida.

Ao final das oito semanas, como resultado da adoção de uma dieta mais equilibrada, os pesquisadores observaram uma perda de peso de 2% no primeiro grupo e de 1% no segundo. Além disso, a dieta com poucos alimentos industrializados pareceu facilitar o controle do apetite, com menos episódios de fome ao longo do dia.

De acordo com os pesquisadores, o estudo oferece informações valiosas: por um lado, demonstra que é possível combinar a perda de peso com o consumo de alimentos ultraprocessados, desde que respeitadas as diretrizes nutricionais, ou seja, limitando a ingestão de calorias e diversificando os nutrientes. Por outro lado, reforça que é preferível priorizar alimentos não processados. “Dar preferência a alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, leguminosas e frutas secas, e escolher opções menos processadas – como alimentos integrais e preparados em casa, em vez de alimentos ultraprocessados, embalados ou pratos prontos – provavelmente traz benefícios adicionais em termos de controle de peso corporal”, afirma a coordenadora do estudo, Rachel Batterham.

Três porções semanais de batatas fritas aumentam o risco de diabetes tipo 2

Três porções semanais de batatas fritas aumentam o risco de diabetes tipo 2

Consumir três porções semanais de batatas fritas está associado a um aumento de 20% no risco de desenvolver diabetes tipo 2 (T2D). Além disso, epidemiologistas estimaram que, embora batatas assadas, cozidas ou em purê não estejam diretamente ligadas ao diabetes, substituí-las por grãos integrais pode reduzir o risco de T2D em até 4%.

É o que revela um estudo publicado no British Journal of Medicine e conduzido por epidemiologistas da Harvard T.H. Chan School of Public Health, em Boston.

Os pesquisadores analisaram a dieta e os desfechos relacionados ao diabetes de 205.107 homens e mulheres. Por mais de 30 anos, os participantes preencheram regularmente questionários alimentares, indicando a frequência com que consumiam determinados alimentos, incluindo batatas fritas, batatas assadas, cozidas ou em purê e grãos integrais. Eles também relataram novos diagnósticos de doenças, incluindo diabetes tipo 2, além de fornecerem informações sobre outros fatores de saúde, estilo de vida e dados demográficos relevantes. Durante o período do estudo, 22.299 participantes desenvolveram diabetes tipo 2. Os resultados mostraram que substituir batatas fritas por grãos integrais pode reduzir o risco em até 19%.

Em análises separadas, que envolveram mais de 500.000 participantes e 43.000 diagnósticos de diabetes tipo 2 distribuídos por quatro continentes, os pesquisadores obtiveram resultados consistentes com os do estudo principal. “A mensagem de saúde pública é simples e poderosa: pequenas mudanças na dieta diária podem ter um impacto significativo no risco de diabetes tipo 2. Limitar o consumo de batatas, especialmente batatas fritas, e escolher fontes saudáveis e integrais de carboidratos pode ajudar a reduzir o risco na população”, afirma o autor correspondente Walter Willett.

Meditação, aliada da saúde mental e cardiovascular

Meditação, aliada da saúde mental e cardiovascular

A meditação, prática milenar, promove benefícios significativos para a saúde mental e do coração. Segundo especialistas, ela remodela o cérebro, aumentando a neuroplasticidade, melhorando a estabilidade emocional, a concentração e a tomada de decisões, além de reduzir a ansiedade ao diminuir a atividade da amígdala.
Para o coração, a meditação regula o sistema nervoso autônomo, reduzindo hormônios do estresse (como adrenalina e cortisol) e marcadores inflamatórios, como a proteína C reativa, que contribuem para a aterosclerose. Também melhora a função endotelial e indicadores como pressão arterial, frequência cardíaca e colesterol. Estudos mostram que a prática pode reduzir em até 45% o risco de infarto e AVC.
Além disso, a meditação é usada no tratamento complementar de ansiedade e depressão, promovendo autoconhecimento e reduzindo pensamentos negativos. Modalidades como mindfulness, meditação transcendental e da bondade amorosa são eficazes, especialmente quando orientadas por profissionais. A prática é segura como terapia complementar, mas não substitui tratamentos médicos convencionais.